segunda-feira, 31 de maio de 2010

ACIDENTE DE CHERNOBYL


  • O Reator Nuclear de Chernobyl


O Reator de Chernobyl é de um tipo diferente dos de Angra. A maior diferença é devida ao fato de que esse Reator tem grafite no núcleo e não possui Contenção de aço.
O combustível é o urânio-235 e o controle da reação de fissão nuclear em cadeia é feita da mesma forma: por meio de barras de controle, absorvedoras de nêutrons.
As varetas de combustível são colocadas dentro de blocos de grafite , por onde passam os tubos da água de refrigeração, que vai produzir o vapor para acionar a turbina.
A água passa entre as varetas de combustível, onde é gerado o vapor, não havendo necessidade de um gerador de vapor com essa finalidade, como em Angra 1.
As dimensões do Vaso do Reator são muito maiores, por causa da montagem dos blocos de grafite. Por isso, o Edifício do Reator também tem proporções grandes. Ele funciona como contenção única, mas não é lacrado. A parte superior do compartimento do Vaso do Reator é uma tampa de concreto.
Esse Reator permite que o Sistema de Segurança ( desligamento automático) possa ser bloqueado e o Reator passe a ser operado manualmente, não desligando automaticamente, em caso de perigo ou de falha humana.
Até aqui, já deu para se notar a diferença, em termos de Segurança Ativa e Barreiras Passivas, entre o Reator do tipo Chernobyl e o Reator do tipo Angra.




  • O Acidente de Chernobyl

O Reator estava parando para manutenção periódica anual.
Estavam sendo feitos testes na parte elétrica com o Reator quase parando, isto é, funcionando à baixa potência. Para que isso fosse possível, era preciso desligar o Sistema Automático de Segurança, caso contrário, o Reator poderia parar automaticamente durante os testes, o que eles não desejavam.
Os reatores deste tipo não podem permanecer muito tempo com potência baixa, porque isso representa riscos muito altos. Ainda assim, a operação continuou desta forma.
Os operadores da Sala de Controle do Reator, que não são treinados segundo as normas internacionais de segurança, não obedeceram aos cuidados mínimos, e assim, acabaram perdendo o controle da operação.
A temperatura aumentou rapidamente e a água que circulava nos tubos foi total e rapidamente transformada em vapor, de forma explosiva. Houve, portanto, uma explosão de vapor, que arrebentou os tubos, os elementos combustíveis e os blocos de grafite.
A explosão foi tão violenta que deslocou a tampa de concreto e destruiu o teto do prédio, que não foi previsto para agüentar tal impacto, deixando o Reator aberto para o meio ambiente.
Como o grafite aquecido entra em combustão espontânea, seguiu-se um grande incêndio, arremessando para fora grande parte do material radioativo que estava nos elementos combustíveis, danificados na explosão de vapor.
Em resumo, é impossível ocorrer um acidente dessa natureza em Reatores do tipo PWR (Angra), porque:
· O Sistema Automático de Segurança não pode ser bloqueado para permitir a realização de testes.
· Os Reatores PWR usam água que, diferentemente do grafite, não entra em combustão quando aquecida.
· Os Reatores PWR possuem uma Contenção de Aço e uma Contenção de Concreto em volta da Contenção de Aço.
· O Vaso de Pressão do Reator PWR é muito mais resistente.
· O Edifício do Reator (ou Contenção de Concreto) é uma estrutura de
segurança, construída para suportar impactos, e não simplesmente um
prédio industrial convencional, como o de Chernobyl.

Um comentário:

  1. Mais como em chernobyl onde foi dito que o nucleo ñ podia explodir, que isto, era físicamente impossivel ocorreu o fato quem nos garante que o mesmo ñ possa ocorrer em angra?

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